André Ventura, líder do Chega, protagonizou um momento de intensa tensão política ao confrontar Jorge Pinto, do Livre, durante um debate acalorado na Assembleia da República. Ventura não poupou críticas, afirmando que o trabalho de Pinto é irrelevante e que o Chega é a única força capaz de fazer mudanças significativas no país.
O embate começou quando Ventura desafiou Pinto a explicar a sua posição sobre a atual legislação laboral e a revisão constitucional. “O que nos diferencia é que nós podemos aprovar e o livro não pode”, disparou Ventura, ressaltando que as propostas do Chega são concretas, enquanto as do Livre são apenas palavras vazias.
A situação esquentou quando Ventura acusou Pinto de ser um “queridinho do sistema”, insinuando que ele não tem a coragem de enfrentar a realidade política do país. “O seu trabalho na Assembleia da República é zero”, afirmou Ventura, que não hesitou em comparar Pinto a líderes autoritários como Fidel Castro e Maduro.
O clima de hostilidade aumentou quando Ventura criticou as manifestações que ocorreram recentemente em frente à Assembleia, considerando-as uma ofensa à autoridade. “Se isso fosse uma administração do Chega, todas as televisões estariam clamando por inquéritos”, disse ele, enfatizando a hipocrisia do tratamento mediático.
Ventura também se mostrou indignado com a postura de Pinto ao afirmar que, se houver uma maioria de direita no Parlamento, ele dissolveria a Assembleia. “Isso é autoritarismo!”, exclamou Ventura, que insistiu na necessidade de respeitar a vontade popular.

A troca de acusações continuou, com Ventura defendendo que o Chega é a única alternativa real para os trabalhadores, enquanto Pinto tentava desviar as críticas, alegando que Ventura vive em um “condomínio fechado” e não entende a realidade do povo.
O debate, marcado por gritos e interrupções, expôs as profundas divisões políticas em Portugal, com Ventura prometendo lutar por uma mudança real, enquanto Pinto tentava manter a narrativa de um sistema democrático saudável.
As tensões políticas estão em alta, e a batalha entre Chega e Livre promete aquecer ainda mais à medida que se aproximam as eleições. O que está em jogo é mais do que uma simples disputa partidária; é o futuro da democracia em Portugal.