Em entrevista à SIC Notícias, o marido e pai do bebé, Braima Seidi, lamenta a forma como a esposa foi tratada, “que a levou a perder a vida”.

O presidente do Conselho de Administração do hospital Amadora-Sintra demitiu-se, esta segunda-feira, na sequência do caso da grávida, de 38 semanas, e do recém-nascido que morreram no hospital. O marido quer mais explicações sobre o que aconteceu e admite avançar para tribunal.
Em declarações à SIC Notícias, o marido e pai do bebé, Braima Seidi, lamenta a forma como a esposa foi tratada, “que a levou a perder a vida”.
Braima Seidi garante que a mulher estava a ser acompanhada desde o início de julho no centro de saúde de Agualva-Cacém, tendo sido o processo depois transferido para o hospital Amadora-Sintra.
“No hospital fez uma ecografia e pediram-lhe para regressar no dia 29 de outubro. Ligou-me e disse-me que lhe tinham dito que ela e o bebé estavam bem e que a data prevista para o parto era o dia 12 de novembro”, conta.
Depois dessa consulta, o marido refere que a esposa recebeu também a indicação para ligar para o 112 caso houvesse algum sintoma que indicasse que o trabalho de parto estivesse prestes a iniciar-se.
“Na noite de quinta-feira a minha mulher estava com dores na barriga. A minha irmã ligou para o 112. Demoraram. De repente, recebi a noticia de que faleceu a minha esposa”, explica.
Braima Seidi aguarda as conclusões dos inquéritos e averiguações em curso e espera que lhe possam trazer mais esclarecimentos sobre o que aconteceu. Admite ainda avançar para tribunal, mas, para já, “a minha preocupação é trazer os restos mortais da minha mulher e da minha filha para Bissau”, conclui.
A bebé, que nasceu de uma cesariana de emergência no Hospital Amadora-Sintra, morreu no domingo de manhã, um dia depois da morte da mãe, que deu entrada na unidade em paragem cardiorrespiratória.