De acordo com informações avançadas pelo Correio da Manhã, o homem — tesoureiro da Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora — foi o primeiro a chegar ao local do crime, alertado por uma amiga da mulher que estava ao telefone com ela no momento em que se ouviu o disparo. Ao entrar em casa, encontrou Susana já sem vida, coberta por uma manta no sofá.

O choque foi tal que, num primeiro momento, pensou que o filho pudesse ter sido raptado, sem imaginar que o adolescente tinha sido o autor do crime. Pouco depois, viria a descobrir que o menor planeava fugir com um amigo, levando a mota da família, uma arma do pai e dinheiro guardado num cofre.

Desde esse dia, o viúvo vive mergulhado entre o luto pela mulher e a dor incompreensível de ter um filho envolvido num ato tão trágico. Mantém-se afastado da exposição pública e, segundo fontes próximas, ainda não teve qualquer contacto com o jovem.

A comunidade local continua em choque. Amigos, colegas e vizinhos recordam o casal como pessoas tranquilas, dedicadas à família e ao trabalho, sem qualquer sinal de conflito.

Enquanto o país tenta compreender as razões que levaram um adolescente a um ato tão extremo, o marido de Susana Gravato enfrenta o peso insuportável de uma perda dupla — a da mulher e a do filho — num silêncio que reflete a dimensão da dor.